quarta-feira, 30 de março de 2011

Pastor Marco Feliciano chama de idiotas, cachorros e dementes quem discorda de suas opiniões no Twitter



Em uma noite não muito calma entre os dias 23 e 24 de março, o Pastor Marco Feliciano se alterou com alguns de seus seguidores no Twitter. Uma das histórias começou com uma pergunda de Edcleyton Souza (evangelizador de 19 anos e membro da Assembléia de Deus) ao pastor Geremias Couto (pastor e  Assistente Nacional da Associação Evangelística Billy Graham para o Brasil)  pelo Twitter no dia 23 de março. “O que o Pastor Geremias achou do convite do Pr Marco Feliciano para pregar na festividade do centenário das AD’S em Belém do Pará?” E a reposta foi a seguinte: “É um assunto da alçada de quem convidou e de quem foi convidado”.
A pergunta refere-se ao evento de comemoração de 100 anos das Assembléia de Deus no Brasil, que será nos dias 16,17 e 18 de junho. A indagação, que a princípio parece ser simples, gerou um grande desconforto para Edcleyton Souza e o pastor Geremias pois o pastor Marco Feliciano deu uma resposta um tanto ríspida: “Só avisando que meu nome não é osso pra ficar na boca de cachorro”, escreveu Feliciano.
Sentindo-se ofendido Edcleyton postou os seguinte comentários:”Apenas queria ouvir uma opinião. Não precisava de tais palavras do Marco Feliciano”, “As palavras do MF envergonham o evangelho de Cristo”, disse outro usuário.
Segundo Edcleyton o que o motivou a fazer a pergunta foi a questão de o pastor Geremias estar há muito tempo na Assembléia de Deus. Sobre isso o pastor Geremias postou no dia 24 de março: “Há quem diga que o seu nome não é osso na boca de cachorro. Prefiro que o meu nome seja pronúncia de bênção na boca de Deus”.
Mas Edcleyton resolveu não se pronunciar mais a respeito. “Pastor Geremias, não esquento com o Marco Feliciano disse. Oremos por ele. E com certeza, o silêncio é a melhor resposta. Deus o abençoe”.
Sobre seu comentário Marco Feliciano postou ainda no dia 23 de março: “Amo o twitter rssssss quem já me viu pregar sabe q essa é uma das minhas frases… Mas… Quem tinha q ler, leu e covardemente calou-se rsss”.
No mesmo dia, o pastor também acabou ofendendo outros usuários do Twitter. Marco Feliciano como deputado,votou contra o aumento do salário mínimo para R$600 e a favor de aumento de apenas R$5 e por isso foi criticado por dois internautas. A resposta do pastor foi a seguinte: “Você é só mais um demente que não sabe o que fala! 5 bilhões de rombo ao ano nos cofres públicos, desemprego em massa. Acorda bocó!”
Continuando a chamar o internauta Wagner Lemos (que edita o twitter Web Evangeslista) de demente, Marco Feliciano postou: ” rssss perdão? Por expor um demente que nem o rosto mostra? E fala mentiras? Rssss”.
Para um ministro evangélico que também o criticou pelas suas grosserias respondeu: “rsssss xingando? Acorda você também… E cresce um pouco e não seja idiota também” e continuou suas alfinetadas: “respostas inteligentes pra pessoas inteligentes… Pra tumultuadores que querem se aparecer CAJADADA NeLES”. “Tumultuadores, desconhecidos que querem holofotes, fakes, idiotas e dementes de plantão: VAO PLANTAR BATATAS! rsssssssss”.
Após perceber a irritação de alguns internautas e a perda de vários seguidores, em sua defesa postou explicações sobre os xingamentos: “Idiota: vem de idiótes, em grego, significa, aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política. Enfim que não a entende”, “Bocó=pateta=tolo=Néscio; Que presume muito de si; que não tem nexo ou significação; Falso; que não tem razão de ser; Ridículo, desagradável”.
Ao final da discussão o deputado Pastor Marco Feliciano ironizou seus seguidores e críticos: “To muito feliz! Foram quase 1.500 twitts de apoio x 4 de desaprovacao” e completou “Agradeço aos 4. Sem vocês o twitter seria um tédio… Rsss”

sábado, 19 de março de 2011

Igreja Renascer faz “Santa Segunda” em bar de rock e balada para paqueras e evangelismo



A Igreja Renascer é famosa pelas suas formas de evangelização, visto as noites de vale-tudo onde um ringue de luta é montado nas igrejas, e em seu aniversário de 25 anos não poderia deixar de continuar abrangendo suas formas de evangelismo, as novas idéias são a “Santa Segunda” para roqueiros e metaleros e a “Balada L.O.V.E.” com temática romântica para jovens não cristãos e cristãos que querem paquerar e namorar.
Os eventos são comandados por pastores e membros da denominação, endossados pelo Apóstolo Estevam Hernandes e divulgados pela própria Igreja Apostólica Renascer em Cristo que inclusive sede o espaço de suas igrejas para realizar os evangelísticos. Segundo a denominação milhares de vidas já foram salvas nesses eventos temáticos.

Santa Segunda em bar de rock

A Santa Segunda é um evento que acontecerá no Manifesto Rock Bar, conhecido pelos shows de famosas bandas de rock como Angra, Paul Di’anno (ex-Iron Maiden) e muitos outros. O evento tem a coordenação de Paulinho Makuko, vocalista da banda Katsbarnea.
A idéia é falar de Deus diretamente aos roqueiros e foi inspirada em um projeto criado pelo próprio Apóstolo Estevam Hernandes na década de 1990, a “Terça Gospel”, onde na casa de shows Dama Choc tocava-se rock para centenas de cabeludos. Foi nesse palco e evento que surgiram para o Brasil bandas como o Oficina G3 e outras. Paulinho Makuko lembra das terças de muito louvor e rock secular: “Foi um negócio inédito no Brasil. Tocávamos musicas das principais bandas de rock do Brasil. Tinha Titãs, Barão Vermelho, Cazuza e muitos outros. (…) foi a maior revolução. Bombou”.
O primeiro Santa Segunda acontecerá no Manifeto Rock Bar, São Paulo, no dia 11 de Abril às 20 horas com a presença do Apóstolo Estevam Hernandes, do próprio Katsbarnea e de um ministério de louvor da Igreja Renascer, além da exibição de um filme e uma peça de teatro.

Balada L.O.V.E no Renascer Hall

Voltado mais para os jovens e adolescentes a Balada L.O.V.E será realizada dentro do Renascer Hall e terá a temática de romance com show de luzes, painel de vídeo em alta resolução, efeitos especiais e interatividades com os participantes. A idéia é evangelizar e falar sobre amor e namoro cristão de acordo com as bandeiras que a Igreja Renascer defende.
As baladas da Igreja Renascer são criadas pelo Projeto Amar, um dos ministério da denominação. O nome L.O.V.E. vem das siglas que representam as quatro ações que os jovens deveriam fazer segundo a Igreja: Louvar, Orar, Vigiar e Evangelizar. “L.O.V.E. significa amor. Não somente o amor da paixão, mas o amor a vida, aos amigos, aos irmãos, ao chamado e principalmente o amor a Deus. É necessário termos amor uns pelos outros, por nós e acima de tudo por Deus, senão a vida tem sabor amargo”, afirma o DJ MP7. Até o fim do ano já estão programadas outras 3 baladas na Igreja Renascer: Sky, Connection e Fantasy, que contarão com as presenças até agora confirmadas de famosos artistas gospel como PG, Rodolfo Abrantes, Dj Alpiste e outros.
A Balada L.O.V.E., primeira do ano, acontecerá no dia 26 de março em São Paulo com apresentações do Pregador Luo, Apocalipse 16, Tribo de Louvor, outras bandas da Renascer e de um DJ para animar a noite. Os convites já estão a venda.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Polêmica da Maçonaria entra nas igrejas evangélicas. Maçom revela haver muitos batistas e presbiterianos nas reuniões


Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês. Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.
Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não-iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.
Procurada pela reportagem, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense. Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.
Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex-policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.
Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).
O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia: “Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.
“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

“Sem caça às bruxas”

Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.
O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”
O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.
Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”

Ligações perigosas

Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria.
As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons.
Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903. Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).
Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Mariana Valadão gravará seu primeiro DVD, confira data e local



A cantora gospel Mariana Valadão já havia anunciado no ano passado que gravaria o primeiro DVD de sua carreira. Entretanto, com diversas apresentações marcadas e com a chegada de seu primeiro filho, Tito, a data da gravação não havia sido anunciada – até hoje.
A gravadora de Mariana, Graça Music, anunciou através de seu Twitter oficial que a gravação do seu DVD ocorrerá no dia 24 de maio deste ano, na igreja Batista da Lagoinha (Belo Horizonte – MG) – onde Mariana congrega e onde ela e seu esposo foram consagrados pastores.
O DVD conterá músicas dos dois CDs da cantora, mas também terá canções inéditas.
Em breve serão disponibilizadas mais informações – que logo serão publicadas aqui.

terça-feira, 15 de março de 2011

Terremoto e tsunami no Japão atingiram diversas igrejas brasileiras no país. Confira os relatos



Muitas igrejas evangélicas brasileiras vão para o Japão em missão e lá formam bases de evangelização, mas assim como o povo, elas também foram atingidas pelo terremoto que gerou tsunamis no país. Pastores da Igreja Universal, Internacional da Graça, Adventista do Sétimo Dia e Renascer contam os momentos de terror e dificuldades que estão passando no Japão.
O terremoto do dia 11 de março foi revisado pelo governo do Japão de 8.9 para 9 na escala Richter. A todo o momento são encontrados corpos em diferentes lugares do país dificultando a contagem oficial. Até o fechamento desta matéria já eram mais de 1.300 mortos oficializados pelas autoridades, não se tem idéia da quantidade de desaparecidos e nem de desabrigados. Após o terremoto principal e as tsunamis, os terremotos secundários de até 7.6 e um perigo de acidente nuclear em uma das usinas são os atuais problemas do Japão. Cerca de 400 brasileiros estão na área de risco nuclear.

Igreja Universal no Japão

A Igreja Universal anunciou que todos os seus pastores e missionários estão bem, mas algumas igrejas foram danificadas devido a intensidade do terremoto. “Quando saí da igreja, vi no rosto das pessoas o desespero. O trânsito estava completamente parado, muros caídos e falta de energia elétrica. Foi quando entrei novamente no templo e comecei a orar”, afirma o Pastor Silvio Iomori na província de Gunma-Ken.
O prédio do templo da igreja em Toquio balançou muito durante o terremoto principal e azulejos acabaram se desprendendo, as tubulações de água e gás também foram danificadas: “Confesso que nunca tinha passado por isso. O prédio todo balançava, os postes, as placas, os carros, parecia que tudo iria desabar. O tremor não cessava. A todo instante se notava que estava acontecendo o terremoto”, relatou o Pastor Ito Nario.
A denominação afirmou que após o incidente, mesmo sem luz, os cultos transcorreram como programado. A Igreja Universal está no Japão desde 1995, hoje já somam mais de 50 missionários e 17 templos espalhados por todo o país.

Igreja Internacional da Graça de Deus no Japão

A Igreja Internacional é outra denominação que está bem inserida no Japão e também não escapou dos estragos dos últimos acontecimentos. As Igrejas nas províncias de Aichi e Gumnar relataram terem sentido o tremor, mas sem grandes perdas. Na Igreja em Gumnar não há luz e houve momentos de grande preocupação, “as casas ao redor até destelharam, parecia que iria cair tudo. Mas o lugar onde eles moram estava tranquilo”, relatou um dos Pastores da denominação.
O Pastor da província de Aichi, Serikako Hiroshi, ainda relatou os momentos mais críticos: “A gente estava aqui no Tabernáculo e tremeu. Eu falei para a minha esposa vamos descer, mas não saímos desesperados porque temos que ter confiança em Deus” e completou: “Quando você tem confiança em Deus, você tem que se sentir seguro, você tem que se sentir em paz. Você não pode deixar que nada te atrapalhe”.
Apesar do susto ele não quer voltar ao Brasil: “As balas do Brasil matariam mais do que os terremotos daqui”.

Igreja Adventista do Sétimo Dia no Japão

A Igreja Adventista vem sendo uma das fontes de notícias da TV Globo sobre como está a população no Japão. Os pastores Flávio Inahara, da província de Aichi-ken, e José Antônio da Silva, responsável pelas comunidades brasileiras em Kikugawa e Hamamatus, são os que estão realizando as comunicações. Abaixo você pode conferir o relato ao Jornal da Globo do que o Pastor Inahara viu e passou nesses dias no Japão:
Pelo Twitter o pastor Erton Köhler, Presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, afirmou que há uma mensagem por trás dos terremotos: “Jejuem e orem pelos afetados no terremoto do Japão. Entendemos a mensagem por trás dos terremotos: esperança”.

Ajuda e doações para o Japão

Apesar do pouco tempo e da precariedade do momento, as igrejas evangélicas brasileiras no Japão já estão trabalhando para ajudar os desabrigados do país. A Presbítera da Igreja Renascer Shirley Satomi relatou que a denominação realizará uma campanha para recolher água e outros mantimentos. A Igreja Universal está avaliando os danos para criar uma estratégia de ajuda humanitária as vítimas.
Em unidade, todos os líderes evangélicos estão pedindo orações pelo Japão e seu povo.
Fonte: Gospel+

segunda-feira, 14 de março de 2011

Templo de Salomão, da Igreja Universal, é visto fora do Brasil como “gozação”: “Um ato de arrogância voltado para sua própria gloria”



A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo Bispo Edir Macedo, anunciou seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão. A estimativa de custo é de R$360 milhões, 55 metros de altura (18 andares), e com lugar para 10.000 pessoas. O plano também conta com um estacionamento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos.
“Vai ser sensacional”, disse Macedo, “ Será lindo, lindo, lindo. A coisa mais bonita de todas. O lado de fora será exatamente igual o que foi construído em Jerusalém”.
O Instituto do Templo em Jerusalém vê isso com outros olhos, para eles é “um ato de arrogância voltado para sua própria gloria. Esse plano é uma gozação que vai diretamente contra tudo aquilo que o Templo Santo de Jerusalém representa.”
A Igreja Universal já gastou em torno de R$ 14,4 milhões para importar pedras de Israel. De acordo com o jornal britânico, The Guardian, o templo será inspirado no Templo do Rei Salomão e contará uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.
O Rabino Chaim Richman do Instituto do Templo escreve, “Nós somos hoje testemunhas de um fenômeno que tenta tirar a legitimidade da relação de Israel com Jerusalém. Esse plano de construir uma mega igreja representa o próximo passo de tirar toda essa legitimidade de Jerusalém.”.
“A Bíblia ensina que a essência de Jerusalém é a presença de Deus”, disse o Rabino Richman, que continua citando uma profecia do livro de Isaias 2:2: ”Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimos dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém.”
“A mega igreja planejada pelo Bispo Macedo”, diz o Rabino Richamn, “é uma usurpação e um abuso ao espaço sagrado e ao conceito de Templo Santo que é representado na Bíblia, e também é uma brusca forma de se apropriar de valores sagrados do Judaísmo. A Divina Presença de Deus não pode ser copiada ou simplesmente usurpada e transportada para outro lugar. Isso não é nada mais que uma tentativa sínica e manipuladora da Igreja Universal do Reino de Deus de encaixar a mensagem universal da Bíblia em sua própria agenda.”
O Instituto do Templo, uma organização religiosa e educacional sem fins lucrativos, é dedicada para cuidar de todos os aspectos dos mandamentos Bíblicos sobre a construção do Templo Santo de Deus no Monte Moriah em Jerusalém. Seu maior foco e esforço é reconstruir o Templo Santo em Jerusalém.
Em 1992, Bispo Macedo ficou onze dias preso por fraude. No ano passado, um processo de São Paulo alegou que Macedo e outro pastor sênior embolsaram bilhões de doações em dólares e usaram o dinheiro para comprar propriedades e carros. Macedo, um defensor da teologia da prosperidade e dono de um jato particular de R$81 milhões, negou as acusações.
Fonte: Adonainews

sábado, 12 de março de 2011

Pastores da Igreja Quadrangular pregam cobertos de lama e entram dentro de poço para divulgar evento


Por mais polêmico que seja, alguns pastores da Igreja Quadrangular estão fazendo de tudo um pouco para conseguir fiéis para seus eventos. A “Segunda-feira Forte da Potência de Deus” da Igreja Quadrangular vem ficando famosa não pela pregação ou pelos milagres, mas sim pela forma de pregar de seus pastores e líderes.
Os pastores Wilson Caetano e Elias fazem de tudo pela divulgação do evento, nos vídeos temáticos eles aparecerem dentro de um poço, em um lamaçal, vestidos de branco interpretando um sonho, fardados no meio da mata interpretando o exército, subindo montes com galões de água mineral nos ombros para purificar fiéis e até cavando no meio do nada para “enterrar a miséria” na vida das pessoas.
Os pastores são da Igreja Quadrangular de Governador Valadares, Minas Gerais, que em seus próximos eventos, como o denominado Labaredas de Fogo, contará com a participação de pastores como Silas Malafaia e Jabes de Alencar, além das cantoras Cassiane e Pamela.

Pastores pregando no fundo do poço

Para interpretar que o evento tiraria qualquer pessoa do fundo do poço, o Pastor Wilson desceu até um e começou a pregar lá de baixo. “Nós estamos aqui no fundo do poço (…) É para as pessoas que estão no fundo do poço das dívidas, do problema no casamento, do problema familiar, mas nós estamos aqui no fundo deste poço para mostrar para você como é que é. Quem é que compra esta briga sua? Quem é que te tira do fundo deste poço? ‘Qual, pastor? Qual a pessoa que faz isso?’ Para te arrancar do fundo do poço: a segunda-feira forte vai te tirar do fundo do poço”.
Apesar da pregação inflamada, o próprio Pastor Wilson quase não conseguiu sair de lá. Primeiro afirmou que mal conseguia respirar: “Não  fácil não, não  fácil não respirar aqui, poxa vida. É pesado de mais, mas tudo pela grande… Segunda-Feira Forte”. Depois, após perceber a imensa dificuldade para subir precisando de muita ajuda, o Pastor gritava “Me tira daqui!” compulsivamente enquanto outros pastores pregavam para a câmera na superfície.